quinta-feira, 16 de junho de 2011

Risco Brasil está menor que o americano pela primeira vez

O índice não é o mais usado pelos economistas para medir um provável calote, mas não deixa de ser uma boa notícia pra economia brasileira.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega anunciou o que o mercado financeiro já sabia.

“Pela primeira vez na história o risco Brasil é menor que o risco Estados Unidos.

É o seguro que se faz, que os países oferecem a exposições a títulos”.

Os seguros negociados no mercado financeiro sempre foram mais caros pra dívida do Brasil do que dos Estados Unidos.

Nas últimas semanas, a situação se inverteu.

Com vencimento em um ano, o risco de calote da dívida brasileira passou a ser menor do que o americano.

Trinta e oito pontos contra 49 pontos para os Estados Unidos.

No país, menos é mais.

“A leitura é que a gente teve, continua tendo o Brasil em patamar estável de risco atribuído pelos investidores enquanto os Estados Unidos tiveram uma deterioração desse risco por conta do teto fiscal, limites que o país está atingindo”, diz o economista da consultoria Tendências, Raphael Martello.

É como o seguro do carro. Quanto maior o risco de ele ser roubado, maior o preço. Só que nesse caso, o seguro é para a dívida dos países.

Quanto maior a chance do país pagar, menor é a taxa cobrada em cima do valor da dívida.

“Os níveis de CDS hoje, mesmo que muito próximos, indicam confiança da economia brasileira e principalmente com o tesouro brasileiro, que o tesouro brasileiro vai honras seus compromissos e um pouco menos confiança no tesouro americano”, diz o economista do Banco Santander, Cristiano Souza.

Este não é índice mais observado pelo mercado para mensurar o risco país. Os economistas preferem olhar os títulos de longo prazo, com vencimento de cinco anos.

“O de cinco anos dá uma ideia de mais longo prazo da economia, dá uma ideia mais estrutural do governo”, explica Raphael.

No longo prazo, o risco da dívida brasileira é mais que o dobro da americana.

Cento e nove pontos contra 50, mas há anos vem caindo.

Em outros tempos, qualquer tremor na economia americana era sentido no Brasil. Hoje, pesa a confiança.

“O Brasil tem feito por merecer um grande número de melhoras, se a gente ver indicadores de solvência externa, capacidade de pagamento de solvência externa, se olhar os indicadores de finanças públicas, distribuição de renda, são todos indicadores que vem melhorando na última década e meia que vem melhorando”, afirma Cristiano.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Brasil consolidará liderança agrícola na safra 2020/21, prevê governo

O Brasil deve avançar na consolidação de potência agrícola nos próximos dez anos e disputar a liderança na produção de alimentos com os Estados Unidos. A projeção é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que hoje (14) divulgou o estudo Projeções do Agronegócio 2010/11-2020/2021.

Agência BrasilGilberto Costa

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Brasil como superpotência emergente

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Brasil
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A República Federativa do Brasil é considerada, em âmbito internacional, uma superpotência emergente, devido a seu contingente populacional e ao crescimento econômico por que vem passando desde o Plano Real.[1] Desde 2001, com a criação da expressão BRIC (acrônimo para Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil passou a ser um importante ator no cenário mundial, canalizando investimentos.

Índice

Fatores favoráveis

Fatores econômicos

O Brasil é a oitava maior economia do mundo por PIB nominal e a setima por paridade de compra. A partir dos anos 1990 o país conquistou estabilidade econômica, atraindo investimentos estrangeiros. Em 2008, o PIB brasileiro atingiu a marca de 2,030 trilhões de dólares passando países como Canadá, Itália e França e se aproximando do Reino Unido. As exportações triplicaram em cinco anos de aproximadamente 60 bilhões de dólares em 2002 para mais de 200 bilhões de dólares em 2008.
O Brasil é o maior detentor de bacias de águas doce do mundo e possui a 9ª maior reserva de petróleo do mundo após a confirmação em novembro de 2007, na bacia de Santos, do estoque do pré-sal que vem sendo estudado desde os anos 1980. Suas reservas econômicas internacionais estão na cifra de 260 bilhões de dólares. O real se consolidou como uma moeda forte e de intensa atuação na zona latino americana. É um dos maiores fomentadores de atividades (fora os países desenvolvidos) nos continentes americano e africano através do BNDES e empresas públicas e privadas.
Possui empresas de abrangência mundial nos campos petrolífero (Petrobras), exploração mineral (Vale S.A.), construção de aviões (Embraer), siderurgia (Gerdau), gráfica de segurança (Casa da Moeda do Brasil), telecomunicações (Rede Globo), alimentos (Brasil Foods), bebidas (AmBev) e engenharia (Odebrecht), o que lhe oferece razoável vantagem em penetração comercial em diversos continentes.
O Brasil é uma das nações G4, que buscam assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU.
O Brasil é a sexta maior reserva de urânio e já o enriquece a um grau de 3,8% e 4% e pretende aumentá-lo Fatores geográficos

O Brasil possui a quinta maior população do mundo e também a quinta maior extensão de terra do mundo. O Brasil abriga a maior biodiversidade do planeta, contando com cerca de 18% da biota global (2), um litoral de mais de 7.000 km, que permite um fácil escoamento da produção para o oceano Atlântico através dos vários portos existentes no país, e uma diversidade climática que propicia variada produção agrícola e industrial.

Fatores militares

O Brasil nunca passou por um momento histórico que o obrigasse a se militarizar, exceto durante a Guerra do Paraguai, sempre tendo boas relações com todos os países, mas este quadro tende a mudar devido ao objetivo do Brasil de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil está coordenando a maior atividade militar em atuação no continente americano, estando à frente da MINUSTAH, força de paz (estabilizadora) atuando no Haiti. O país não possui ogivas nucleares, mas é o único país da América Latina que domina o uso da energia nuclear[carece de fontes]. Outrossim, conforme citado acima, o Brasil possui a 6ª maior reserva de urânio do mundo, sendo o enriquecimento desta substância necessário para a fabricação de armas nucleares, tendo já a tecnologia necessária para a construção delas. Os gastos do Brasil com as forças armadas chegam a 13,94 bilhões de dólares, mas as previsões são de que em 2008 foram investidos em torno de 18 bilhões de dólares, possuindo o décimo terceiro maior orçamento militar do planeta. O país também possui um grande número de soldados, já que o alistamento militar é obrigatório, fazendo do exército brasileiro um dos maiores do mundo.
O país tem a maior aeronáutica, marinha e exército da América Latina e mantém distinta superioridade em aparatos militares, com exceção na força aérea, onde Chile e Venezuela possuem relativa paridade devido a aquisições recentes. [4].

Fatores contrários

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Há vários fatores que podem impedir o crescimento brasileiro como gastos públicos elevados, burocracia e tributação elevadas. O país tem problemas com a baixa qualidade da educação, infraestrutura não satisfatória, diferenças regionais acentuadas e alta concentração de renda. Além disso, a corrupção política e a violência no Brasil são muito grandes, exigindo políticas mais eficazes no campo social, que ainda não foram implementadas.

Referências

  1. ÉPOCA, 21 de maio de 2009. 21/05/2009 Entrevista com Jim O’Neill, por João Caminoto.
  2. Sítio SPTV-Globo
  3. BOROS, Talita. "Apesar de alto potencial, Brasil nega intenção de exportar urânio" (em português). 19 de fevereiro de 2010 às 7h. (página da notícia visitada em 19 de fevereiro de 2010)
  4. Senado Federal Pronunciamento Completo Autor Alvaro Dias

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

Aviso: A chave de ordenação padrão "Poder nas relações internacionais" sobrepõe-se à anterior chave de ordenação padrão "Brasil Como Superpotencia Emergente".