terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Lula: Brasil será 5ª maior economia do mundo em 2016

ALFREDO JUNQUEIRA, ENVIADO ESPECIAL - Agência Estado

A voz embargou e as lágrimas encheram os olhos em dois momentos do discurso de despedida. Em sua terra natal, a quatro dias do fim do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se poupou de autoelogios e inflamou uma plateia formada por empresários, políticos locais e, principalmente, operários, nas obras do complexo industrial e portuário de Suape, no litoral sul de Pernambuco.

O presidente também afirmou que o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2016.

"Saio da Presidência e o legado mais importante que eu quero deixar é que vocês podem chegar lá. Eu cheguei e vocês podem", disse, dirigindo-se aos operários. "É só vocês teimarem e lutarem que vocês podem mudar a história desse País definitivamente", afirmou.

A solenidade marcava apenas o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de automóveis da Fiat, que entrará em operação daqui a três anos. O presidente informou que participará amanhã de evento semelhante, o lançamento da pedra fundamental de uma nova refinaria no Ceará, classificando-os como "pirraça".

"Não poderia deixar de vir a Pernambuco faltando poucos dias para o fim do meu mandato. Daqui eu vou para o Ceará. Lá também vou fazer pirraça. Vou lançar pedra fundamental de uma refinaria que vai produzir 300 mil barris/dia", anunciou o presidente, sorrindo e arrancando risos, mais uma vez, da plateia.
O choro teve que ser contido primeiro quando lembrou o passado de retirante e citou as dificuldades das crianças nordestinas.

"Somos induzidos pelos livros, pelos meios de comunicação, pela atividade cultural, de que nós somos os da senzala. Nós queríamos provar que os da senzala podem tanto quanto os da casa grande. Essa necessidade de provar que me fez trabalhar mais do que de hábito se trabalhava nesse País", disse.
O presidente voltou a se emocionar no fim do discurso, ao agradecer o povo pernambucano por ter reeleito em primeiro turno o governador Eduardo Campos (PSB), um dos seus principais aliados na região.
Em 27 minutos de discurso, Lula se autonomeou como o presidente "que mais trabalhou na história do País", ostentou alguns bons resultados da economia e disse ter sido o político "que mais lutou pela liberdade de imprensa".
Lula declarou que o Brasil será a quinta maior economia do mundo em 2016 e chegou a fazer graça ao afirmar que foi no governo do "torneiro mecânico socialista e sem diploma de nível superior" que ocorreu a maior operação capitalização da história do capitalismo mundial. "Levamos a Petrobras de uma merreca de 15 bilhões de dólares de valor de patrimônio para 215 bilhões", disse Lula, arrancando aplausos da plateia.
Dilma Rousseff
O presidente também fez questão ainda de afirmar de que sua sucessora, a presidente eleita Dilma Rousseff, vai manter o rumo de seu governo. "Ela não vai só dar prosseguimento ao que ela própria já ajudou a criar. Ela vai fazer mais. O carro já está andando a 120 quilômetros por hora. Ela pode aumentar para 130 km/h. Ela pode reduzir para 119 km/h se estiver numa curva. A única coisa que não pode é deixar o nosso carro sair da pista", alertou.
Lula ainda participaria de uma festa organizada pelo governo estadual em sua homenagem no Recife, no início da noite. A solenidade marcaria o início das obras do Cais do Sertão Memorial Luiz Gonzaga e a cessão de uso gratuito de um terreno para a Associação Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Gestores que descumprirem metas educacionais serão punidos

Último Segundo - iG - ‎há 2 horas‎
Os gestores federais, estaduais e municipais que não fizerem a sua parte para que as metas educacionais definidas para a educação básica e educação superior sejam cumpridas serão punidos. A determinação será feita em uma Lei de Responsabilidade ...
O futuro da educação Diário de Pernambuco
Jornal Stylo - G1.com.br - Agora São Paulo - O Globo

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Operação Vintém: Giroto pode ser intimado durante sua diplomação nesta sexta-feira

MIDIAMAX NEWS
Eliane Souza
 
O ex-secretário estadual de Obras de Mato Grosso do Sul, Edson Giroto participa nesta sexta-feira da cerimônia de diplomação de deputado federal, cargo que foi eleito, em cerimônia no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, à partir das 18h30. 

Durante o evento ele pode receber a visita de oficiais de justiça enviados para intimá-lo como réu em ação movida depois da Operação Vintém da Polícia Federal, onde Giroto e o governador reeleito André Pucinelli, do PMDB, foram acionados juridicamente em ação de reparação de danos. Oficiais de Justiça tentam intimar Giroto desde outubro, mas não conseguem. E ele mora em Campo Grande. 

Os dois estariam implicados numa trama que incriminou o ex-deputado estadual Semy Ferraz, do PT, durante o período eleitoral de 2006. No carro de um assessor do petista, segundo a PF, puseram santinhos e notas de R$ 20. 


O advogado Celso Pereira da Silva, defensor do ex-deputado Semy Ferraz, protocolizou na tarde desta quinta-feira um pedido para que Edson Giroto seja citado pelo oficial de Justiça na cerimônia além do horário previsto no artigo 172 do Código Penal Processual (Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas). 

Porém o § -  diz que: "Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano." 

O documento foi protocolizado para encaminhamento ao juiz da 13ª Vara Civil da Comarca de Campo Grande. Juridicamente analisando, o documento pode ser indeferido pelo magistrado. Outra chance é a de que Edson Giroto evite que seja citado na cerimônia e se autointime na mesma vara.


Repercussão e o caso

A Comissão de Legislação Participativa da Câmara Federal debateu nesta quinta-feira o falso flagrante de compra de votos armado contra o ex-deputado estadual Semy Ferraz (PT) às vésperas das eleições de 2006.
Escutas da Operação Vintém, da Polícia Federal, apontaram que pessoas ligadas ao governador André Puccinelli (PMDB) teriam plantado "santinhos" grampeados a notas de R$ 20 no carro de um assessor do petista. Até hoje, ninguém foi punido pelo crime. 

Na ocasião, a Operação Vintém da Polícia Federal constatou suposta teria sido feita por André Puccinelli Junior (filho do governador), Girotto, que na época era secretário municipal de obras da Capital, Mirched Jafar Junior e Edmilson Rosa.