Dilma diz que reforma do Conselho da ONU não é 'capricho'
Ao participar das comemorações do Dia do Diplomata, Dilma afirmou que a política externa do Brasil será pautada pelos direitos humanos, que as parcerias com os países da America do Sul terão prioridades e que o Brasil "deixou de ser visto como um país pequeno e impotente".
Para a presidente, a reforma do Conselho do ONU é necessária para reconhecer o papel dos países emergentes no atual cenário internacional.
"Do ponto de vista da segurança a ONU também envelheceu. Os eventos mais recentes nos países árabes no norte da África mostram uma saudável onda de democracia, que desde seu início apoiamos, e refletem também a complexidade dos desafios dos tempos em que vivemos. Lidamos com fenômenos que não mais aceitam políticas imperiais, certezas categóricas e respostas guerreiras de sempre", disse.
Na avaliação de Dilma, a mudança no conselho será dar mais relevância a questão da segurança no mundo.
"Reformar o Conselho de Segurança da ONU não é, portanto, um capricho do Brasil. Reflete necessidade de ajustar esse importante instrumento da governança mundial a correlação de forças do século XXI. Significa atribuir aos temas da paz e segurança a efetiva importância. Mais do que isso, exige que as grandes decisões a respeito sejam tomadas por organismos representativos e, por essa razão, mais legítimos", disse.
A presidente afirmou que a defesa dos direitos humanos, ainda mais agora está no centro das preocupações das políticas externas. "Vamos defender sem concessões, sem discriminações", afirmou.
Ao lembrar os 20 anos da assinatura do Tratado de Assunção que criou o Mercosul, Dilma disse que as relações na América do Sul serão o foco de sua política externa.
"A América do Sul continuará sendo prioridade do meu governo. Sinalizei essa prioridade ao fazer a primeira viagem para a Argentina. Não há espaço para discórdias e rivalidades que nos separaram no passado. Os destinos da America do Sul, de cada país e os nosso estão interligados", disse.
A presidente defendeu a diversificação de negócios na África e na Ásia e lembrou que o Brasil espera sempre reciprocidade. Dilma lembrou a visita do presidente dos Estados Unidos Barack Obama dizendo que o gesto dará mais vigor para as relações.
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